S01X07 – Problemas sem solução
A cena abre focalizando uma porta branca no interior de um hospital onde aos poucos vai aproximando-se da recepção.
Ali estava uma enfermeira atrás do balcão, Kayla e Sr. Lee (pai de Lisa e Kayla) do outro lado dele.
LEGENDA - (4:09 AM)
Enfermeira: Senhor, vou pedir mais uma vez que tenha calm...
Lee: EU QUERO SABER ONDE ESTA A MINHA FILHA... – Gritava.
Kayla: CADÊ MINHA IRMÃ?
A enfermeira começa a se alterar levantando um pouco o volume da voz.
Enfermeira: Senhor... – Pausa – Aqui é um estabelecimento publico de respeito. Se o Senhor não abaixar o tom de sua voz, chamarei os seguranças.
Lee: EU ESTOU ME LIXANDO PELO O QUE AQUI É... EU QUERO SABER DE LISA, MINHA FILHA... ONDE ELA ESTÁ?
Sem pensar duas vezes, a enfermeira pega em cima da mesa um Walkie-Talkie.
Enfermeira: Xavier têm um problema aqui na recepção.
Kayla, com os olhos cheios de lágrimas: O que você esta fazendo? – Diz em direção a enfermeira.
Nesse momento, uma porta branca de dois lados se abre e dois seguranças aparecem com passos fortes e rápidos em direção ao pai e filha na recepção.
Lee vira o rosto ao lado e vê os dois homens vindo em sua direção e volta a gritar com a enfermeira.
Lee: CADÊ MINHA FILHA!
Ao chegar a Lee, os seguranças seguram os braços do mesmo e os colocam atrás do corpo. Kayla, desesperada com a situação, começa a esmurrar as costas de um deles, fazendo-o se virar e segurar os braços dela.
Lee: ME SOLTEM! EU QUERO SABER DE MINHA FILHAAAA...! – Virando o rosto em direção a enfermeira novamente – EU VOU TE MATAR SUA VAGABUNDA, MERETRIZ... LISAAAAAAAAAA... LISAAAAA...
Fade off
LEGENDA – 1 mês e meio antes (12:47 PM)
LEGENDA - GLASS BAR
A câmera focaliza o nome luminoso do bar e desce dando um close em uma mesa no interior do mesmo.
Song: Dj Andrew feat Airy - Non Lo So (radio edit)
Alex levantando-se da cadeira e elevando a taça cheia de champagne ao alto.
Alex: Um brinde ao novo emprego do Eddie.
Todos a sua volta (na ordem do lado direito de Alex, Lisa , Margareth, Samuel, Simone, Sansarah, Eddie, Sabrina e Thomas, sentado ao seu lado), também levantam as taças e começam a gritar.
Quando o silencio começa a imperar, Simone começa a bater as mãos e gritar incentivando a todos fazerem o mesmo.
Simone: Discurso! Discurs...
Todos: Discurso! Discurso! Discurso! Discurso!
Eddie levanta da cadeira.
Eddie: Esta bem, esta bem... – Pausa – Quero declarar a todos que, se algo acontecer com vocês, é como se estivesse acontecido comigo mesmo, e que...
Todos: Uhuuuuuuuuu, yeah... – Após, se silenciam novamente.
Eddie:... E que o esforço que fiz não foi e nunca será em vão para salvar todas as vidas que estiverem em perigo e cruzarem comigo. – Pausa olhando a sua frente vendo um homem se aproximar – E também quero dizer que, eu não conseguiria se não fosse por esse homem... – E aponta a sua frente fazendo todos olharem em uma só direção.
Todos gritam e batem palmas.
Todos: Sr. Andréas, Sr. Andréas, Sr. Andréas...
Andréas ficou instantaneamente encabulado pelo estardalhaço do grupo, e também pelo fato de todas as pessoas no estabelecimento estarem olhando para ele.
Andréas: Ta bom, ta bom... – Sorrindo com as bochechas rosadas e abanando os braços dando um sinal para todos ficarem menos afoitos – O que eu digo a todos vocês é que estão em boas mãos. E que – Vira-se em direção a Eddie – você trate de cuidar bem de minha filha, senão...
Eddie estava em pé e olha sorrindo em direção a Sabrina sentada ao seu lado. Curva o corpo em direção a ela dando um beijo selinho em sua boca.
Todos: Yeah, yeah... Uhuuuuuu...
Sabrina: Pai senta aqui...
Andréas: Hoje não. – Pegando uma cadeira de uma mesa ao lado – Hoje vou sentar no meio de duas belas loiras.
Sansarah e Simone se levantam e puxam suas cadeiras para ambos lados, deixando um espaço vago entre elas para Andréas.
Thomas: Quando que começa seu trabalho Eddie?
Eddie: Amanhã mesmo.
Sabrina: Então não vai beber muito né...?
Eddie: Amanhã as onze da matina. – E sorri pra ela.
Alex: Vamos encher a cara então... – Levantando o copo novamente fazendo menção a um brinde.
Lisa: Tom, você leva ele pra casa? – Entortando a boca.
Thomas com sorriso no rosto: Fazer o quê?
Margareth pra Lisa, gesticulando a boca.
Margareth: “Preciso ir ao banheiro”.
Lisa: Fui agora pouco Maga...
Simone olhando as duas.
Simone pra Margareth: Eu vou com você.
Simone e Margareth levantam-se e seguem contornando as mesas em direção ao banheiro.
No bar, os sanitários ficavam ao fundo. Para ir, tinha que entrar em um pequeno corredor tendo a porta do feminino ao lado do masculino.
Ao entrarem, como havia somente um reservado, Simone corre na frente e Margareth, vai ao espelho.
Margareth, olhando seu reflexo e mexendo no cabelo: O pai da Sá foi muito legal com o Eddie ajudando na vaga do hospital né...
Simone, no reservado: Verdade... O Eddie lutou muito o ano passado pra entrar, mas não conseguiu. Agora ele esta mais sussa. – Pausa - Maga, posso te perguntar uma coisa?
Margareth: Claro!
Simone: A noite inteira você não deu bola pro Samuel. O quê que ta pegando entre vocês?
Margareth: Não sei, Si. Acho que hoje vou por um ponto final. – Pegando a bolsa e tirando o batom.
Simone: Não acredito? Sério mesmo?
Margareth: Não dá Si. Nós somos muito diferentes.
Simone: Como assim?
Margareth: Ele é muito meloso e ao mesmo tempo parrudo comigo.
Simone: Parrudo? O cara ta na sua. Sempre te agradando.
Margareth: É. Isso quando ele esta fora da academia...
Simone: Mas na academia ele tem que ser profissional.
Margareth: Profissional? Comigo ele é profissional. Agora com as piranhas de lá, ele se abre todo. Se sente o galo em um galinheiro.
Simone: Para de ser boba! Ele não pode demonstrar que esta namorando você.
Margareth: E por que não?
(Barulho de descarga)
Simone saindo do reservado: Você é aluna dele.
Margareth: E qual o problema? – Virando para Simone que chega a frente ao espelho e começa a lavar as mãos.
Simone: Maga, você saiu com o dono da academia. Depois deu um fora porque começou fazer aeróbica com o Samuel. Aí, saiu com o Samuel. Agora quer dar um fora nele porque ele não te dá bola lá?
Margareth não respondeu.
Simone: Se o outro souber que você esta namorando ele, demiti o Samuel...
Margareth: Não sei. Só sei que não ta dando mais. – E se vira para ir ao reservado – Si, você já terminou aí?
Simone: Já.
Margareth: Faz um favor. Pede uma pina colada pra mim no balcão. Se pedir na mesa demora muito.
Simone: Pensa direito no que você vai fazer, Maga. Depois não tem volta.
Margareth no reservado: Ta bom. Ta bom...
Simone abre a porta e sai do banheiro deixando Margareth sozinha.
Após algum tempo, ela dá a descarga e sai do reservado em direção ao espelho. Abre a torneira e começa a lavar as mãos. Ao fechar, ouve vozes vindo do outro lado da porta.
Vai até o papeleiro e puxa duas folhas para se secar.
1º voz -- Hoje você vai ser meu.
2º voz – Pára... Você esta louco. Me solte. E se vier alguém...
1º voz – Venha aqui.
A porta do banheiro masculino abriu raspando no chão. Devia estar mal colocada ou soltando-se.
Ao escutar tudo, Margareth ficou intrigada.
Duas vozes masculinas. “Babado no banheiro” disse em voz alta dando um pequeno sorriso e logo após, pondo a mão na boca com medo que alguém a ouvisse.
Resolveu esperar um pouco para ver quem eram. Sua curiosidade foi longe. Lembrou de uns caras sarados e bonitões de uma boate gay que havia ido no passado. Dançavam só de sunga e óculos escuros em uma jaula.
Ia esperar até a porta do banheiro masculino novamente fazer barulho. Assim, sairia e daria de cara com os protagonistas do tal “babado”.
Passado alguns momentos, cansou-se. Ficou sem paciência. Aquilo poderia demorar, pensou.
Abriu a porta do banheiro e saiu.
Foi em encontro a mesa onde estavam a “sua galera”.
Porém, no meio do caminho notou a falta de Simone, Alex e Thomas. Assim mesmo continuou a andar, contornando as mesas para chegar a sua.
Quando se sentou, olhou ao balcão do bar e viu Simone esperando ser atendida.
Estava só.
Olhou ao redor procurando Alex e Thomas. Ficou extremamente incomodada por não encontrá-los.
Olhou Lisa que com Sabrina, riam muito de Eddie.
Olhou Eddie. Estava imitando pessoas famosas fazendo graça as duas.
Olhou Andréas, Samuel e Sansarah. Todos conversavam seriamente.
Pensou: “Seria aquilo que estaria pensando mesmo”?
Ao olhar em direção ao corredor do banheiro, viu Alex saindo e Thomas logo atrás.
Olhou Lisa novamente.
Olhou Alex.
Olhou Thomas.
Os dois chegaram à mesa e sentaram-se.
Alex pôs o braço ao redor do ombro de Lisa. Ela ainda sorrindo, olhou para Alex, o beijou com um selinho e voltou a atenção novamente para Eddie.
Thomas estava com um sorriso meio bobo no rosto.
Margareth focou com o olhar no centro da mesa e assim ficou. Séria e pensativa. Teve vontade de dar um grito e contar toda a verdade ali. Seria algo horrível de presenciar pra todos, principalmente para Lisa.
Resolveu ficar quieta. Não seria-a estragar a comemoração de Eddie.
Fade off
LEGENDA - Hoje (4:07 AM)
LEGENDA – Hospital Central
Enfermeira: Qual o nome dela?
Lee: Lisa Standford.
A enfermeira pegou uma prancheta e começou a procurar nome por nome.
Após alguns segundos.
Enfermeira: Não consta aqui senhor.
Lee: Como não?
Enfermeira: Não esta na lista.
Lee: Como assim não esta na lista? – Voltando o rosto em direção a Kayla que estava ao seu lado.
Lee: Ela disse o quê pra você?
Kayla: Que estava vindo pra cá.
Lee: Olhe aqui moça, veja novamente sua lista. Lisa Standford.
Novamente a enfermeira pegou a lista e conferiu nome a nome. Não havia nenhum semelhante.
Enfermeira: Não consta mesmo.
Lee: COMO ASSIM? – Gritou.
Enfermeira: Calma senhor.
Lee: CALMA? VOCÊ DISSE CALMA...? – Empurrando uns papeis de divulgação sobre planos de saúde, fazendo todos espalharem ao chão.
Kayla: Moça, onde esta minha irmã?
Lee: ONDE ESTA LISA STANDFORD?
Enfermeira: Senhor, vou pedir mais uma vez que tenha calm...
Lee: EU QUERO SABER ONDE ESTA A MINHA FILHA... – Gritava o homem.
Kayla: CADÊ MINHA IRMÃ?
A enfermeira se altera levantando um pouco o volume da voz.
Enfermeira: Senhor... – Pausa – Aqui é um estabelecimento publico de respeito. Se o Senhor não abaixar o tom de sua voz, chamarei os seguranças.
Lee: EU ESTOU ME LIXANDO PELO O QUE AQUI É... EU QUERO SABER DE LISA, MINHA FILHA... ONDE ELA ESTÁ?
Sem pensar duas vezes, a enfermeira segura seu Walkie-Talkie
Enfermeira: Xavier têm um problema aqui na recepção.
Kayla, com os olhos cheios de lágrimas: O que você esta fazendo?
Nesse momento, uma porta branca de dois lados se abre e dois seguranças aparecem com passos fortes e rápidos em direção ao pai e filha na recepção.
Lee vira o rosto ao lado e vê os dois homens fortes em sua direção e volta a gritar com a enfermeira.
Lee: CADÊ MINHA FILHA!
Ao chegar a Lee, os seguranças seguram os braços do mesmo e os colocam atrás do corpo. Kayla, desesperada com a situação, começa a esmurrar as costas de um deles, fazendo-o se virar e segurar os braços dela.
Lee: ME SOLTEM! EU QUERO SABER DE MINHA FILHAAAA...! – Virando o rosto em direção a enfermeira novamente – EU VOU TE MATAR SUA VAGABUNDA, MERETRIZ... LISAAAAAAAAAA... LISAAAAA...
Enquanto os seguranças conduziam bruscamente Lee e Kayla para uma sala próxima, pessoas ao redor assistiam aquela cena quase que cinematográfica.
Uns colocavam a mão na boca horrorizados com o que estava acontecendo. Outros cochichavam.
Momentos após tudo se normalizar, o telefone na recepção, ao lado de onde estava a enfermeira, toca. Ela o atende.
Segundos após, a enfermeira desliga a ligação sem falar nada e pega um outro telefone.
Enfermeira: Código amarelo repito: Código amarelo. Recepção três. – E o volta a sua base.
A porta por onde havia entrado os seguranças se abre bruscamente e por ela, Eddie entra empurrando uma maca com Lisa deitada.
Atrás de Eddie, uma outra sendo empurrada pela sua parceira. Havia um corpo deitado coberto com um lençol branco, onde algumas manchas de sangue se destacavam.
Alex e Margareth seguiam atrás em passos largos e rápidos acompanhando-os.
Passaram em frente à recepção e seguiram em um corredor à frente.
Dando um espaço de tempo de cinco a dez segundo, uma outra maca empurrada por um rapaz rapidamente atravessa a sala. Nela, Sansarah estava deitada.
Atrás, seguia um outro empurrando uma cadeira de rodas. Samuel.
Fade off
Corta
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A cena abre em focando a frente de uma Delegacia de Polícia
LEGENDA - (4:22 AM)
Corta
Interior da Delegacia.
Sabrina estava sentada em uma sala. Nesta havia uma mesa com um terminal de computador em cima, umas pastas grossas com vários papeis dentro e um quadro de avisos ao lado na parede.
Havia também um policial sentando a sua frente, falando e digitando ao mesmo tempo. Ela estava com lágrimas nos olhos onde ambos estavam borrados da maquiagem.
Policial 1: Mas quando você freou o carro, ela já estava a sua frente?
Sabrina chorando e falando gaguejadamente.
Sabrina: Quando eu brequei, o carro não parou e eu... – Pausa e choro – Eu não sei como aconteceu. Ela saiu correndo...
A porta da sala abre e um segundo policial faz sinal para o que esta sentado frente à Sabrina.
Policial 1: Aguarde um momento aqui Sabrina. Você quer uma água?
Sabrina chorando muito, apenas balança a cabeça fazendo sinal de positivo.
Ele se levanta e vai até a porta. O outro cochicha algo em seu ouvido. Ao ouvir, ele arregala os olhos e o encara.
Policial 1: Traga água a ela.
Fecha a porta e se senta novamente.
Policial 1: Sabrina... – Pausa – Er... Onde estava seu pai no momento que você atropelou sua amiga?
Sabrina chorava e falava.
Sabrina: Eu não sei. Ele chegou depois.
Policial 1: Ele chegou depois? – Pausa - E ele ficou lá com você?
Sabrina: Ficou um pouco até o Eddie colocar Lisa na ambulância. Depois ele foi junto com eles.
Policial 1: Por que?
Sabrina: Ele disse que ia ajudar a Lisa.
Policial 1: E ele foi na ambulância junto?
Sabrina: Não. Ele foi com o carro dele.
O policial respirou fundo e baixou os olhos. Nesse momento, a porta da sala se abre e o policial 2 entra com uma jarra com água e um copo. Coloca em cima da mesa e a serve.
Vira-se e sai da sala fechando a porta novamente.
Sabrina pega o copo e bebe um pouco da água.
Policial 1: Sabrina... – Pausa – Eu vou falar uma coisa agora pra você e quero que você me prometa ser muito forte, ta?
Sabrina apenas fez sinal que sim balançando a cabeça e olhando, ora para o policial, ora para o chão.
Policial 1: Sabrina... – Pausa – Na ida do seu pai pro hospital... – Pausa – Aconteceu uma coisa.
Aquilo soou tão estranho que ela o encarou.
Policial 1: Sabrina... – Pausa – Aconteceu um acidente com o seu pai.
Sabrina: O... O quê... O que aconteceu?
O policial olhou firmemente nos olhos dela e desviou olhando para uns papeis na mesa. Após, novamente a encarou.
Sabrina: O que aconteceu?
A boca do policial abriu, mas não conseguia falar para a moça sentada a sua frente. Novamente baixou os olhos olhando para os papeis na mesa. Após alguns segundos, respirou fundo pela segunda vez e tornou a encará-la.
Corta
Em câmera lenta e sem som, focaliza Sabrina abrindo a boca lentamente.
Após, focaliza o copo de água caindo lentamente e quebrando em vários pedaços no chão.
Fade Off
Ouve-se somente a voz de Sabrina gritando.
Sabrina: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO...
Créditos
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