A cena abre com Alex e Margareth sentados na sala de espera do Hospital Central.
Por ser um ambiente amplo, havia mais uma senhora sentada com um tricô no colo e um outro casal sentado perto da porta de entrada.
LEGENDA - (4:57 AM)
Margareth: Mas Alex, não dá pra entender... Primeiro acontece o atropelamento de Lisa. Depois, o pai da Sá morre.
Alex: E Sansarah e Samuel envolvidos no acidente.
Margareth arregala os olhos
Margareth: O que?
Alex vira o rosto e encara Margareth, estranhando que não sabia da notícia.
Alex: Maga, você não sabe? Você estava lá...
Margareth: Então o carro que bateu no de Andréas era o de Samuel?
Alex apenas balança a cabeça fazendo sinal de positivo.
Margareth: Eu não acredito...
Alex: Achei que você tinha visto eles no acidente. Eu ajudei Eddie a tirar eles dentro do carro.
Margareth: Acho que me choquei com a situação de tal forma que não percebi quem eram. Eu não consegui sair do carro.
Nesse momento, Simone e Thomas entram e sem notar o casal na sala de espera, vão a recepção. Margareth os vê e chama Thomas.
Margareth: Thomas...?
Alex vê Thomas e faz cara feia respirando fundo.
Alex: O que você esta fazendo aqui? – Diz a Thomas levantado da cadeira.
Margareth: Calma Alex. Agora não...
Thomas: Estou aqui pelo mesmo motivo que você. – Com um sorriso sarcástico.
Margareth: Pára Thomas.
Alex: Mesmo motivo? Você é um descarad...
Margareth alterando a voz: PARA OS DOIS! AQUI NÃO É LUGAR.
Simone para Margareth: Já teve alguma notícia?
Margareth: Não – Sentando na cadeira novamente.
Todos se sentam.
Thomas: Alguém ligou pro Sr. Lee?
Alex: Ta preocupadinho agora? – Irônico.
Margareth: Pare com isso Alex... Eu liguei pra Kayla.
Alex e Thomas juntos: Kayla? – Os dois se olham.
Simone: Ela chegou hoje. Eu e a Sabrina fomos buscá-la no aeroporto.
Margareth: Mas eles ainda não chegaram. Ai meu Deus. Só espero que não tenha acontecido mais nada.
Simone: E a Sabrina?
Margareth: Ela tinha ido até a delegac...
Sabrina entra com lágrimas nos olhos acompanhada de um policial. Vão direto para a recepção.
Margareth se levanta e vai até ela. Coloca a mão nas costa de Sabrina fazendo-a virar-se e vê-la.
Margareth: Como você esta?
Sabrina a abraça e chora em seu ombro.
Margareth: Calma Sá, calma...
Simone, Thomas e Alex, sentados, apenas assistiam a cena.
Margareth: Vamos ali sentar, vem...
Enquanto o policial começava a falar com a enfermeira sobre o falecimento do pai de Sabrina, entram na sala Lee e Kayla escoltados por dois seguranças.
Segurança 1 para Lee: Fiquem aqui e mantenham-se calmos. Caso contrario, ficaram isolados novamente.
Lee apenas balançou a cabeça.
Kayla vendo os amigos correu para abraçá-los. Lee sentou-se na primeira cadeira ficando uns quatro metros de distancia de todos.
Kayla sendo abraçada por Simone.
Kayla: Eles não deixam a gente ver Lisa.
Simone: Calma Ka. Ela esta em atendimento ainda.
Alex: Como você esta? – Abraçando-a e dando um beijo em sua testa.
Kayla: Oi Alex. Ainda não sei como estou.
Alex: Vou falar com seu pai. – E seguiu para Lee estava sentando.
Thomas: Oi Ka.
Kayla apenas piscou os dois olhos para Thomas, devolvendo o cumprimento.
Kayla e Simone se sentaram. Thomas estava ao lado.
Logo depois estavam Margareth e Sabrina, que chorava muito. E por ultimo, Alex e Lee.
Eddie entra na sala. Todos se levantam.
Lee: E minha filha? Como ela esta?
Eddie: Ela esta bem e fora de perigo agora.
Lee levanta os braços: Graças a Deus!
Kayla: Eddie?
Eddie: Kayla? Você aqui?
Kayla: O que você esta fazendo aqui?
Sabrina levanta a cabeça vendo a reação de Eddie.
Eddie: Eu trabalho aqui agora. E você?
Kayla: Cheguei hoje.
Sabrina: E meu pai? – Para Eddie, cortando a conversa.
Eddie vendo Sabrina em lágrimas vai até ela e se senta ao seu lado abraçando-a. Após, dá um selinho em sua boca.
Eddie: Calma Sá.
Kayla sentiu um soco no estomago.
Horas antes, no bar, Simone deixou escapar que tinha visto Eddie saindo com uma garota.
Sabrina era a garota.
Lee: E quando vou poder ver minha filha?
Eddie abraçado a Sabrina: Agora. Sr. Lee venha comigo. – Levantando-se.
Kayla: Eu quero ir também.
Eddie: Tudo bem. – Virou-se para os outros – Vocês esperem aqui.
Alex: Ed, também quero ver como Lisa esta.
Eddie: Alex, depois. Apenas familiares nesse momento.
Kayla: Maga, toma conta pra mim, por favor. – E entrega sua bolsa.
Margareth a segurou e fez sinal que sim com a cabeça.
Os três seguiram pelo corredor, entrando em uma outra ala.
Com a saída de Eddie, Margareth colocou a bolsa de Kayla ao lado e tornou a abraçar Sabrina.
Como o policial havia terminado com a enfermeira na recepção, virou-se e foi onde Sabrina estava.
Policial: Verifiquei a entrada de seu pai. Temos que aguardar aqui.
Sabrina apenas balançou a cabeça. Seus olhos foram em direção onde Simone estava.
Simone, que olhava Sabrina, não teve outra reação a não ser desviar o olhar para o chão.
Sabrina não fez o mesmo. Continuou a encará-la.
Thomas: Sá. Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo ta.
Sabrina balançou a cabeça em sinal de positivo, mas seu olhar não desviou de Simone.
Alex: Contar com você? – Diz a Thomas
Thomas: Qual o seu problema? – Fala um pouco alto.
Alex: Você é o meu problema... – Se levanta e vai a direção de Thomas.
Simone se levanta e vai à direção de Alex para pará-lo.
Simone: Pára Alex.
Thomas: Deixa ele vir! Deixa ele vir!
Alex: Cala a sua boca, cara.
Simone: Fica quieto Thomas. Aqui não é hora e nem lugar.
Aquilo caiu como uma pedra na cabeça de Sabrina, ainda abraçada por Margareth.
Sabrina não tirava os olhos de Simone.
Sabrina: Realmente não é hora nem lugar...
Todos a olham.
Sabrina: Hora e lugar é no motel, em cima da cama e transando com meu pai. Não é mesmo Simone?
Todos encaram Simone.
Sabrina: Isso mesmo... – Com lagrimas nos olhos e ficando em pé – Ela estava trepando com meu pai. – Pausa – Desde quando hein? Uma semana? Duas? Três? Um mês?
Simone apenas a observava.
Sabrina: Estou te fazendo uma pergunta, sua biscate...
Simone: Sabrina, não me ofenda.
Sabrina: Biscate é ofensa pra você? Então ta bom... – Pausa - Vejamos... – Pausa - Puta cairia bem melhor então...
Simone não agüentou nesse momento. Levantou-se e pulou em cima de Sabrina, agarrando direto em seus cabelos. Com o solavanco, ambas foram ao chão mesclando puxadas de cabelo, tapas na cara com socos e pontapés.
Com o “barraco feito”, todos foram separá-las.
Thomas segurou os braços de Simone junto com Alex, tirando-a de cima de Sabrina. Margareth ajudou Sabrina levantar-se e se pôs à frente dela para evitar que fosse pra cima de Simone.
Sabrina: Vagabunda, piranha, prostituta...
Simone: Mal amada, invejosa, ridícula...
Com a briga, o casal sentado perto da recepção levantou-se e saiu, ficando somente a senhora tricotando com a feição de horrorizada.
Enfermeira: PAREM COM ISSO... VOCÊS ACHAM QUE ESTÃO ONDE? NA CASA DE VOCÊS?
Sabrina: VAI TOMAR NO SEU CU VOCÊ TAMBÉM.
Enfermeira: RESPEITO MOÇA. NÃO IMPORTA O QUE ACONTECEU COM VOCÊ. PEÇO-TE RESPEITO CASO CONTRÁRIO, PONHA-SE DAQUI PRA FORA.
O policial que estava acompanhando Sabrina apenas assistia a cena sentado na cadeira no canto. Não ajudou a separar e nem a fazer nada.
“Pessoas demais”, pensou. Olhou a enfermeira e fez um sinal com a mão querendo dizer que estava tudo bem agora.
Alex que havia ajudado Thomas a tirar Simone de cima de Sabrina, deu por si que estava ao lado dele. Respirou fundo olhando-o e foi para o lado onde Margareth estava.
Alex para Sabrina: Vem, vamos dar uma volta pra esfriar a cabeça. – Pegando no braço de Sabrina.
Sabrina: Me solta Alex. Vou ficar aqui.
Nesse momento o policial levantou-se.
Policial: Sabrina venha comigo.
Sabrina: Já disse que vou ficar aq...
Policial: Você não tem querer. Esta sob minha responsabilidade. Venha comigo. – Virou-se para Alex – Você também.
Os três saíram da sala.
Margareth ficou só, de um lado da sala. Do outro, estavam Thomas e Simone.
Simone: Vaca invejosa. – Vira-se a Thomas - Ela não tem direito de falar nada se eu saia ou não com o pai dela.
Thomas: Calma Si.
Simone: Calma o caralho. Se ela esta mal por causa que o pai morreu, eu também estou.
Thomas: Calma Si. Não adianta você ficar assim.
Simone: Onde tem um banheiro aqui?
Thomas: Não sei. – Levantou-se e foi até a enfermeira na recepção, que estava de olho em tudo o que acontecia – Onde ficam os sanitários?
A enfermeira apontou para o lado oposto que Sabrina foi.
Thomas: Vem Si.
Margareth pra Simone: Quer que eu vá com você?
Thomas: Não Maga. Eu preciso ir também. Fique ai. De repente pode vir alguém dar alguma noticia.
E os dois saíram da sala, ficando somente a senhora com o Tricô no colo e Margareth.
Margareth a notou olhando. Deu um sorriso sem graça e se arrumou na cadeira.
Margareth pra Senhora: Que situação...Desculpe tudo isso.
Senhora: Não tem problema. Sei o que todos vocês estão passando.
Margareth: Essa noite... – Respirou fundo – Eu não sei o que esta acontecendo... Tudo esta de cabeça pra baixo.
A senhora deu um pequeno sorriso.
Senhora: Eu sei, minha filha...- Guardando o tricô.
Margareth: Nossa... – Olhando para o chão - Que ponto que nós chegamos...
Senhora: Todos vocês se conhecem?
Margareth balançou a cabeça positivamente e voltou a encará-la.
Senhora: Eu sei como é. Já passei por isso há muito tempo.
Margareth: A senhora já passou por uma situação dessa?
Senhora: Sim. Mas foi pior. Éramos todos amigos e terminou em tragédia. Às vezes fazemos coisas para ver quem gostamos estar bem. E no momento seguinte, não temos idéia no mal que causamos.
Margareth: É verdade. Acho que tudo isso que esta acontecendo, fui eu que fiz.
Senhora: Você?
Margareth: Sim. Hoje eu fiz uma coisa que qualquer amiga de verdade teria feito.
Senhora: Você quer falar sobre isso, minha filha?
Margareth cobriu os olhos, pondo-se a chorar.
A senhora levantou-se de onde estava e foi ao lado dela. Pôs a mão na cabeça de Margareth.
Senhora: O que foi querida...? O que aconteceu?
Corta
A cena foca Lisa em cima de um leito, desacordada e com o respiradouro na boca, no quarto do hospital. De um lado da cama, esta Lee e Kayla. Do outro, Eddie.
LEGENDA - (5:15 AM)
Song: Sarah Mclachlan - Angel
Kayla: Como que isso foi acontecer Li? – Alisando o cabelo da irmã.
Lee pra Eddie: Ela esta bem mesmo?
Eddie: Ela esta.
Lee: Mas ela esta desacordada.
Eddie: Sim. É o choque. Ela esta meia dormindo e meio desmaiada. Isso é meio que normal nesse caso.
Kayla: Quanto tempo ela vai ficar assim?
Eddie: Quanto tempo precisar. Só o corpo dela pode dizer.
Kayla: Posso usar o banheiro aqui do quarto?
Eddie: Kayla use o do corredor. Aqui do quarto é esterilizado para os pacientes. Ela acordando ou não, melhor deixá-lo para o uso exclusivo dela.
Kayla: Tudo bem. Vou lá no de fora. – E sai do quarto.
Eddie: O que eu preciso fazer agora é preencher a ficha dela corretamente para ter toda a medicação já aplicada. Daqui a pouco, o turno muda.
Lee: Vou com voc... – Colocando a mão no bolso da calça – Minha carteira...? Putz... –Colocando a mão na cabeça - Esqueci de pegar minha carteira.
Eddie: Preciso dos documentos de Lisa ou de algum parente.
Lee: Ed pegue os documentos que você precisa na bolsa de Kayla. Esta com a amiga dela na recepção. Faça tudo no nome de Kayla.
Eddie: Sr. Lee. Ela não vai gostar de eu mexer...
Lee: Não esquenta a cabeça rapaz. Eu te autorizo.
Eddie: Tudo bem. Eu já venho.
Lee: Assim que Kayla vier, eu peço pra ela ir até a recepção caso tenha que assinar qualquer coisa.
Eddie balançou a cabeça e saiu do quarto
Corta
LEGENDA - (5:21 AM)
A cena volta novamente em Margareth e na Senhora, ambas sentadas na sala da recepção.
Margareth falava sem parar.
Margareth:...E depois Lisa correu pro meio da rua e Sabrina atropelou ela.
Após, Margareth ficou em silêncio apenas limpando as lágrimas do rosto.
Senhora: Minha filha... – Pausa - Posso te falar uma coisa?
Margareth: Claro.
Senhora: Eu disse que já tinha passado por essa situação, não é?
Margareth: Disse.
Senhora: Todos vocês possuem algo em comum, assim como eu possuía com meus amigos. Vocês todos criaram um elo.
Margareth: Sim. Temos um elo. Somos todos conhecidos.
Senhora: Não menina, você não entendeu. – Pausa - Vocês criaram um elo dentro do elo de vocês.
Margareth: Como assim?
Senhora: Veja bem. Quando tudo aconteceu comigo, todos os meus amigos tinham um segredo grave. Eu também. – Pausa – O meu era que gostava do namorado na minha melhor amiga e, embora ela fosse “minha melhor amiga”, eu tinha um rancor grande. Queria estar no lugar dela. Ela tinha raiva de uma outra que era rica e tinha tudo o que queria, que tinha ódio de um outro rapaz que não gostava dela, mas ela gostava desse rapaz. E assim por diante até chegar em mim novamente.
Margareth continuava ouvindo atentamente
Senhora: Aos poucos, fomos descobrindo nossos segredos e todo rancor e ódio que tínhamos um com o outro, começou a nos afetar seriamente.
Margareth: A senhora quer dizer que, tudo o que esta acontecendo, é porque nos odiamos?
Senhora: Veja bem... Quando sentimos amor pelos amigos, a vida fica colorida, cheia de emoções e alegria. Quando sentimos o rancor, tudo fica ruim. Parece que há algo pesado no ar e o clima fica tenso, deixando todos dessa forma.
Margareth: Mas eu não tenho rancor de ninguém ali.
Senhora: Tem sim. Você não ficou chateada pelo seu amigo namorar sua amiga e, ter algo com outro rapaz?
Margareth: Sim. Na verdade quando eu descobri, fiquei puta da vida.
A Senhora sorri.
Senhora: Então. Você tem uma certa raiva ou rancor dele, que pode ter de outro, que tem de outro ainda. Isso gera um tipo de maldição.
Margareth: Maldição?
Senhora: Isso mesmo.
Margareth: Mas isso é impossível...
Senhora: Não é não. Toda maldição é feita de energia. Sabe aquele ditado que praga de mãe pega?
Margareth balançou a cabeça positivamente
Senhora: Então. Não é que é praga de mãe. É uma maldição. A mãe tem uma ligação extremamente forte aos filhos e, no momento de sua raiva, joga uma descarga de energia negativa tão grande que acaba acontecendo o que ela fala. – Pausa – Isso acontece da mesma forma com a energia positiva. Já não teve um dia que você quis tanto que acontecesse uma coisa e, depois de um tempo aconteceu? Isso funciona tanto positivamente como negativamente.
Margareth: Mas na minha roda de amigos, não são todos que estão sofrendo conseqüências.
Senhora: Como você pode saber? O que esta se desencadeando, assim pode se espalhar, fazendo o elo ficar completo dependendo o tamanho do ódio que todos estão sentindo. Mas isso tem como reverter.
Nesse momento, Eddie entra na sala.
Eddie: Com licença. Maga, onde esta a bolsa de Kayla.
Margareth se vira, pega a bolsa e entrega a Eddie. Novamente vira-se para a Senhora.
Margareth: Eu não acredito nisso.
Eddie, em direção à recepção, abre o zíper e segura a carteira de Kayla, abrindo-a para pegar a documentação do responsável por Lisa.
Ao abrir, Eddie vê nos plásticos internos, o RG de Kayla. Ele puxa o documento sem muito cuidado e junto vem um papel todo dobrado com o logo de um hospital.
Curiosamente ele o pega e o abre, lendo-o.
“Eu, Jonh Staff, 52 anos, do sexo masculino, advogado, RG: 55.268.963 e CPF: 153.698.956.14, registrado na ORDEM DOS ADVOGADOS sob o número de 136.65895825/0258, atesto que, Kayla Stanford, 26 anos, sexo feminino, trabalhadora como atentedente na locadora WSA Vídeo, na cidade de Marascia, Texas, sob RG numero: 23.598.481-1 e CPF: 256.425.365-14 foi inocentada referente ao processo nº 0258759/0001, promotorado pelo Estado do Texas devido ao falecimento de seu filho Brian Stanford, nascido aos vinte e dois dias do mês de junho de dois mil e sete...”
Eddie arregalou os olhos e sentiu suas pernas ficarem mole. Olhou a data da emissão do documento. “Um mês atrás”.
Corta
A cena focaliza Kayla entrando no quarto de Lisa. Seu pai estava ao lado da cama.
Kayla entrando e fechando a porta: E ela?
Lee: Ainda dormindo.
Kayla: E o Eddie?
Lee: Ele foi registrar a entrada de Lisa. Eu pedi a ele pegar seus documentos para fazer o registro. Você acredita que...
Kayla: Mas minha bolsa esta com a Margareth na recepção... – Se alterando.
Lee: Sim filha. Eu esqueci a minha carteira e autorizei ele pegar sua bolsa com sua amiga.
Kayla sentiu-se como estivesse caindo de um avião. Virou as costas, abriu a porta do quarto e saiu correndo como nunca tinha corrido na vida em direção a recepção.
Ao entrar na sala correndo rapidamente, Margareth e a Senhora ao seu lado olharam para ela com espanto. Eddie, parado em frente ao balcão da recepção, também a olhou.
Kayla viu Eddie com o papel na mão. Teve a sensação de estar petrificada.
Eddie olhava nos olhos de Kayla. Queria falar alguma coisa, pois sua boca mexia mas a voz não saia.
Kayla, parada há alguns metros de Eddie, não tirava os olhos dos olhos dele.Margareth estranhando a situação, perguntou.
Margareth: Tudo bem Ka?
Kayla não tirou os olhos dos de Eddie e nem respondeu.
Margareth: Kayla? O que aconteceu?
Kayla não respondia e nem fazia movimento algum. Estava extremamente pálida.
Eddie voltou a olhar o papel e novamente, olhou para Kayla. Dessa vez, sua voz saiu bem pausadamente.
Eddie: Isso é o que eu estou pensando?
Kayla não respondeu. Não conseguia.
Eddie engoliu seco e novamente falou.
Eddie: Eu te fiz uma pergunta. Isso é o que estou pensando?
A Senhora, que estava vendo a cena, voltou-se os olhos em Margareth.
Margareth olhou para os olhos da Senhora.
Kayla olhava para os olhos de Eddie.
Eddie aguardava.
Eddie: Estou esperando sua resposta, Kayla.
Os olhos de Kayla se encheram de lágrimas. Sua boca abriu, mas nenhum som saiu. Eddie a olhava de uma forma que nunca tinha visto. Falar, não conseguiria. A única forma de dizer foi com o gesto. Então, balançou a cabeça lentamente pra cima e pra baixo, fechando os olhos.
Ao obter sua resposta, Eddie olhou para o papel pela terceira vez.
Sua visão começou a escurecer. Suas pernas ficaram sem comando algum e, antes que desmaiasse, apenas duas palavras saíram de sua boca.
Eddie: Meu filh...
Corta
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